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wGritos e Sussurros |
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Senhoras e senhores... como vão?
Aqui as coisas andam meio estranhas. Ontem eu achei ter encontrado Deus. É, Deus! Achei que ele viesse em garrafas a R$4,30 no Pão de Açucar, envolto num rótulo onde se lia "Polansky". E Deus misturado com uma Coca-Cola... nossa! Parecia mesmo o céu. Cadê os problemas? Cadê as tristezas? Deus deu um jeito neles, eles sumiram. Mas eu estava enganado. Aquele delicioso líquido branco engarrafado não era Deus. Ou pelo menos era um deus bem perverso. Afinal de contas, ele me deixou em péssimo estado físico e mental poucas horas depois. Eu fiquei cá pensando comigo... acho que eu deveria saber lidar melhor com ele, com esse suposto deus. Eu não deveria ter tomado quatro doses dele seguidas. Pelo menos não seguidas, ora bolas!
Mas então, quando eu cheguei em casa, sentei em frente a TV e comecei a assistir a Além da Imaginação. Eu não entendi nada! JotaÉfe tinha que ficar me explicando tin-tin por tin-tin.
EI! PERAI! QUE PORRA DE POST É ESSE? AH, NÃO FODE!!! ISSAKI NÃO É DIÁRIO, PORRA!

posted by
João Cândido at 04:43
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wsábado, 23 de agosto de 2003 |
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Ontem eu fui à ópera.
Ontem minha vida foi marcada. Tenho a sensação de que daqui a 20, 30, 50 anos eu ainda vou ter nítida na minha cabeça todas as sensações geradas pelo Tristão & Isolda que eu vi ontem no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em montagem do assumidamente iconoclasta Gerald Thomas. Fico imaginando se uma montagem clássica me faria tanto efeito. A resposta é claramente um "não". A cena se passa, de início, no consultório do Dr. Sigmund Freud, em meio a Av. Nossa Senhora de Copacabana, 456, apartamento 1301. O que temos ali não é Tristão & Isolda. A minha sensação era de que estava assistindo a uma grande terapia de grupo onde cada louco se imaginava um personagem da ópera de Wagner. As roupas (Isolda com um sobretudo largado e claramente de um tamanho maior que o seu), os gestos (alguns momentos me lembrando Os Trapalhões), os cenários... tudo isso me lembrava aquela velha piada do louco que pensa que é Napoleão. Aqueles loucos ali, tratados num Rio de Janeiro contemporâneo pelo Dr. Freud, acham que são Tristão, Isolda, o Rei Marke... E isso faz todo sentido. O texto, como deixavam bem claras as legendas, dá toda margem à análises psicológicas e muito, muito Freud. Aliás, para esses e outros paralelos, recomendo a SEGUNDA PARTE da coluna do Arnaldo Bloch no Segundo Caderno de hoje.
Portanto, não é nada, nada, nada à toa ou à título de anarquia que Gerald Thomas bota Freud pra cheirar cocaína (numa cena linda! linda! linda de doer! Toda iluminada de vermelho e ele jogando a cocaína pro alto, que cai por cima dele com que um feitiço e o resto dos atores so assistem... ah, só de lembrar me arrepio). Nem é à toa que ele cria no segundo ato um desfile de moda e muito menos à toa é ele fazer Freud falir e se transformar em maquiador dos desfiles no terceiro ato. Amanhã é a última récita. É uma grande pena porque tudo o que eu queria agora era rever essa obra prima que conseguiu mexer comigo a ponto de eu sentir essa necessidade de sentar e escrever um pouco sobre.
E as vaias ao final do espetáculo, que tinham como alvo direto Gerald Thomas, foram ridículas, vergonhosas, o contraponto perfeito para aquilo que ele mesmo chama de "aplauso débil mental". Essas foram vaias débeis mentais. Um Municipal cheio (já não lotado, porque, sim, um número considerável de pessoas dispersou principalmente entre o segundo e o terceiro ato) aplaude de pé, urrando, a maravilhosa Jayne Casselman, o maestro e, bom, todo o resto do elenco, mas, quando o Gerald entra, meio tímido, como que já esperando pelas vaias, elas surgem. Faça-me o favor! O que parece é que aquilo foi uma vaia protocolar, que aquele pessoal leu no Segundo Caderno que ele tinha sido vaiado na estréia e resolveu "ir atrás". Está muito longe, a quilômetros e quilômetros da vaia consagradora, aquela que o próprio já conheceu, no passado. Eu me senti com vergonha daquela platéia e o único que pude fazer foi bater as mãos cada vez mais forte, tentando a todo custo superar aqueles urros de lobos que simplesmente não entendiam onde estavam.
Pois bem, senhoras e senhores. Esse blogue, já tão saturado de ídolos, acaba de ganhar mais um que, além de tudo, é muito gato!
PS: Pra vocês não ficarem curiosos ou perdendo tempo se cadastrando no site do Globo, taí a segunda parte da coluna do Arnaldo Bloch. Não vou colar a primeira porque acho que não tem relevância com o que eu quero discutir aqui. Ele fala sobre a reação do povo à montagem e um pouquinho sobre o passado recente do Gerald Thomas no teatro carioca. Vale a pena, mas, bom, o interessante é isso aqui, ó:
Durante a semana, pulularam exclamações ultrajadas, de gente com bastante cultura, a perguntar, com pureza d’alma: “Mas o que Freud tem a ver com ‘Tristão e Isolda’? Para que a cocaína? E a cena da masturbação? E os desfiles de moda? Nosso pobre público provinciano, que sequer conhece o original, não resistirá a este insulto contemporâneo!”
Procurou-se sacramentar a idéia de que era tudo paçoca aleatória, sem sentido. O que está longe da verdade, independentemente de se gostar ou não da montagem. Que, de fato, em muitos momentos atrapalha a fruição da ópera (o que teria sido evitado se Gerald fosse mais econômico, usando seus recursos de maneira incidental e não ostensiva).
Mas vejamos. Por que Freud? Bom, “Tristão e Isolda” (está tudo nos diálogos legendados!) é uma ópera cheia de alusões a desejos sufocados, às delícias do amor carnal, à idéia da “morte eterna” associada ao afeto (Isolda deseja morrer de amor), à busca de uma cura assombrada por culpas e frustrações. Hello , Freud! Hello , “princípio do prazer”...
Ah, mas por que a cocaína? Bom, vamos ver... No angustiado amor de Tristão e Isolda, recorre-se a bálsamos, filtros, elixires. Na ária final, da “morte de amor”, Isolda fala de “aspirar” e “ingerir”. Numa ópera transposta para o consultório de Freud, que usou cocaína na sua terapêutica, nada menos aleatório.
Ah, mas aquela mulher no início do primeiro ato, masturbando-se no divã. É, talvez tenha sido um recurso apelativo. No entanto, ao levantar do pano, o que se vê é a paciente que, altamente erotizada (como erotizada é Isolda), delira a ópera, diante de Freud.
E a moda? Aqueles desfiles no fundo da cena? Bom, o diretor ejeta Freud para a contemporaneidade e sugere aí o binômio passion/fashion (está no programa): a moda mata a paixão, na sociedade do entretenimento gelado, da beleza e do erotismo cibernéticos e formatados na magreza asséptica. Nesse mar não só Freud, mas o revolucionário romantismo wagneriano estão ameaçados de morrer.
Freud, aliás, na montagem, enlouquece com sua paciente, e termina maquiador de modelos. Paralelo adequado, num tempo em que a reflexão vai para o lixo e resolve-se tudo com um prozac, um pó, ou uma vaia. Freud no lixo... numa cena da montagem, o Rei da Cornualha, ao topar com aquele pai da psicanálise atemporal, tira-o da cadeira e joga-o no chão. Boa metáfora para o que vem acontecendo com Gerald desde o sábado passado.
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João Cândido at 16:34
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wterça-feira, 12 de agosto de 2003 |
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HUM, DOIS MOTIVOS PELOS QUAIS A VIDA VALE A PENA
(1) Issaki!
(2) Entrar no ICQ e receber uma mensagem do meu primo mandando entrar aqui. Entrar aí e ler o seguinte:
(16:45) Por incrível que pareça, fontes do site Creature Corner informaram que são grandes as chances de haver, na sequência de Freddy Vs. Jason, participação do já quarentão Bruce Campbell (foto), interpretando seu personagem mais famoso: Ashley J. 'Ash' Williams, da série Evil Dead (no Brasil, Uma Noite Alucinante), de Sam Raimi.
A produtora New Line Cinema está animada com o projeto, que deve unir as duas criaturas contra um inimigo comum: Ash.
Vai ou não vai ser o filme do milênio?? Diz aí!
posted by
João Cândido at 16:53
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