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wGritos e Sussurros |
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wterça-feira, 11 de novembro de 2003 |
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Estou com vontade de escrever. Vamos lá?
Fatos & Fotos... acabou! Junto com a Manchete. Lembram dela? Nada mais brilhante que o slogan "Aconteceu, virou Manchete!". Sou louco pra reutiliza-lo hoje em dia, mas é difícil achar o momento.
Mas cá estou, na madrugada pós-ICQ, pós-Trakinas, pós-mIRC, pós-masturbação, pós-octogésima nona revisada no último roteiro... escutando Nina Simone, três músicas lindas que um conhecido de São Paulo me mandou. Uma em especial, I Put a Spell On You, me parece claramente a trilha sonora perfeita prum certo filme. Não conto qual e dou um doce de coco (sem acento!) pra quem acertar.
Pois é, aí tem aquela do menino que foi pra aula de francês e conheceu Proust. Porque, sabe, Caetano Gottardo (é assim mesmo, com dois tês?) e Márcio Franco, eu descobri que também tenho um seríssimo problema (problema?) com a temática da memória, do tempo passado, das lembraçcas, da saudades. Pois é, aí Proust. Aí As Dúvidas do Coração em quarto lugar no Top 10 de um Festival onde eu vi exatos 90 filmes. Quarto não é pouco não. Aniversário chegando e isso, em termos de pai e mãe signifca claramente dinheiro. Mas dinheiro pra ser bem empregado. Se eu fosse criança diria que "não é dinheiro pra gastar em bala e chiclete". Pois estou pensando cá comigo que vai ser dinheiro pra gastar em Proust. Sebos já! E, Caetano, se você estiver lendo, vai perceber, não só aqui como logo ali embaixo também, que este post tem muito a ver com você. Comente. Estou com saudades.
E aí tem a questão do aniversário. Meu amigo, minha amiga, você já foi condidado/a pra festa e você vai, sem sombra de dúvida (mais terríveis notícias um outro dia). Mas fato é que aniversário mesmo é sexta-feira, dia 14. E você quer comemorar comigo, não quer? Por enquanto já me confirmaram presença algumas deliciosas companhias da noite. Onde? Bom, a primeira parada será no tão falado Armazém 161, lá na Lapa. Pois vai ser não só uma reunião familiar como uma reunião labutar. Sim! Meu irmão mais velho estará tocando, como faz toda sexta com seu Casurina, enquanto meu irmão mais novo, barman chefe da casa, estará caprichando nas caipirinhas do irmão aniversariante. Além, é claro, das ótimas presenças de Seu João e Dona Solange, o casal que me fez no carnaval de 81. Isso dito, espero que você aí esbarre comigo por lá. Mas o que? Samba? Ah é, você prefere um roquenrol, né? Tudo bem, de lá, deixando a família de lado, sigo pro antro de perdição mais gasto da nossa noite, mas ainda assim o mais apelativo: Bunker, ex-94. Lá você vai, né? Então formou!
E quanto àquela polêmica... eu acho que todos deviamos ter nos calado. Algo me diz que esse bafafá era o que ele queria. Mas ora bolas, é difícil e um saco ficar calado. Eu acho que eu acho que eu acho. Sou cheio de achismos. Pós-moderno, viva Kant! Viva Renato Silva! Mas, cá entre nós, aquele foi realmente um texto feio.
E sexta-feira passado vimos Albergue Espanhol, um filme delicioso e com um monólogo final de tirar qualquer fôlego. Deve estrear em breve e, por favor, não perca. Mas então, no sábado de madrugada eu fiz as pazes com um velho desafeto chamado Tsai Ming-Liang (oi, Caetano!), com quem eu brigara em 1998 ao assistir a O Rio. Pois o efeito pós-Brown Bunny me fez repensar Ming-Liang e alugar Vive L'Amour. Eu não sou nenhum Kléber Mendonça nem Ruy Gardnier ou Eduardo Valente, por isso prefiro me calar. Mas obra-prima, meu amigo, é apelido. Se você ainda não viu, veja! A prova final está é por vir: rever O Rio. Se for tudo ok, conto aqui depois. Se eu me calar... interpretem como quiserem.
Não posso deixar de mensionar os outros dois filmes alugados, por uma estranha coincidência também dirigidos por orientais. O primeiro foi Felizes Juntos, de Won Kar-Wai, fantástico, superando toda e qualquer expectativa. Mas e o final? Vou contar porque não influi em muita coisa. Só os últimos planos, gerais, de uma cidade grande com seus carros passando em grandes avenidas, com o filme em velocidade acelerada e ao fundo a música Happy Together. Lindo até dizer chega. Mas o ponto não é esse. Quem assistiu a Adaptação sabe do que falo. À excessão das flores crescendo, o filme de Spike Jonze chupou lindamente essa cena, hein! Cópia deslavada ou homenagem? Podendo escolher, fico com a primeira.
Quanto ao outro filme... o Grande! Brother, do ídolo Takeshi Kitano. Não é nenhum Hana Bi, o que não quer dizer, nem de longe, que não seja um grande filme. Nas palavras de Tiago Brandão: é foda! MUITO sangue. E Takeshi fazendo sua estrada para a renovação do Top 5 diretores que eu estou pra atualizar. Não, brincadeirinha, não precisa exagerar. Mas quem viu Dolls sabe o poder que ele tem.
Perdi o fio da meada.
Ah sim! Eu nunca li Bukowski.
posted by
João Cândido at 04:48
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