Gritos e Sussurros

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wquarta-feira, 4 de outubro de 2006


Mais! Mais! MAIS!

Infância roubada - *
Cada continente tem seu own private Crash!

A última noite - *****
Um cineasta com 81 anos faz um filme sobre a última transmissão de um programa de rádio de mais de 30 anos. A analogia com um "último filme" ou um "filme de morte" seria óbvia. Mas Altman vai além e faz um verdadeiro filme de morte, sem se precisar de analogias óbvias. E a morte não como fim de tudo, mas como instrumento pra se olhar pro passado e pras pessoas que estiveram ao seu lado com carinho. Eu realmente não duvido que esse seja o último filme dele. É incrível! Kevin Kline é um gênio.

Find Me Guilty - *****
E como é bom ver duas obras-primas seguidas, não é? Eu sabia que na segunda semana as coisas iam esquentar. O cara que praticamente criou os filmes de tribunal consegue agora, mil anos e 100 mil filmes de tribunal depois, fazer uma coisa totalmente nova. E puta que me pariu, nunca na minha vida eu imaginaria que Vin Diesel é o ator que é. Interpretação antológica!

Juventude em marcha - *****...*?
Não me pergunte que filme é esse, ainda não sei. Desde o primeiro segundo do primeiro plano até agora, ainda estou de tal maneira enfeitiçado e abobalhado com o que vi que não consigo dizer nada. Quem é Ventura? Não sei, não tenho idéia. Acho que ainda preciso ver mais umas duas ou três vezes pra pelo menos tentar começar a entender alguma coisa. Sei lá... mágico...

El laberinto del fauno - ***
Um filme com coisas muito, muito boas. Toda a estética é interessante, com a violência sempre em primeiro plano. Mas algo no "mundo da fantasia" deixou a desejar... não me encantou como encantou a menina do filme. Mas tenho a sensação de que pode vir a crescer na revisão.

Paria, eu te amo - ***
Sabe de uma coisa? Filme em episódio é tão irregular! :P
E sabe que esse aqui nem tanto? Vou tentar falar um por um, vejamos se a memória vai ajudar:

Montmartre (Bruno Podalydès) - **
Começo fraco. Aquele boa e velha definição de "filme francês"

Quais de Seine (Gurinder Chada) - ***
Filme bonitinho com protagonista ainda mais bonitinho!

Le Marais (Gus Van Sant) - ****
A proposta inicial era um filme de cinco minutos passado em Paris que contasse um encontro amoroso. É exatamente isso o que Van Sant faz do jeito que só ele sabe fazer. A mensagem, clara, é a boa e velha "o amor é a língua universal". E Elias McConnell e Gaspard Ulliel são talvez o casal mais lindo da história do cinema recente.

Tuileries (Ethan e Joel Coen) - ****
Filme hilário com uma das sacadas mais geniais do cinema dos Coen, aquele livro de turismo. Aposto que a idéia do filme nasceu dele, uma coisa do tipo "e se o guia dissesse pra não encarar as pessoas nos olhos?" hehe Muito engraçado, Coen style.

Loin du 16ème (Walter Salles e Daniela Thomas) - ***
Filme bonitinho. Talvez simples demais. Me deixou querendo saber mais sobre e menina.

Porte de Choisy (Christopher Doyle) - ***
Certamente eu não esperava por esse filme. Uma doideirinha simpática que me lembrou muito o universo de Dumplings.

Bastille (Isabel Coixet) - ***
Essa talvez tenha sido a grande surpresa de Paris, je t'aime. Detesto com todas as forças o Minha vida sem mim, primeiro longa da Isabel. Mas esse aqui é bonito. Pra começar, tem Sergio Castelitto, o que, se não ajudou Giani Amelio, ajudou Coixet. Segundo, é uma história linda! Triste pra caralho, mas sem (quase) nada do niilismo de Minha vida sem mim. Belo plano da amante desmaiando no estacionamento.

Place des Victoires (Nobuhiro Suwa) - ****
Filme basicamente mutcho loco! E triste, triste como Um casal perfeito (mesmo diretor! se liga, né?). Assunto completamente diferente, mas tão forte quanto. E Juliette Binoche tá boazona.

Tour Eiffel (Sylvain Chomet) - **
As bicicletas de Belleville já dava margem a coisas como esse filme, mas aqui ele radicalizou. Talvez o meu ódio pessoal (e de muita gente nesse mundo) a mímicos/sombras tenha ajudado a não gostar do filme. O que quase salva é aquele filho, mas no geral o filme é bem fraco.

Parc Monceau (Alfonso Cuarón) - **
Filme-pegadinha do Mallandro. Daqueles que te faz achar que é uma coisa e no final, tchanam, é totalmente outra. Mas Nick Nolte é sempre legal de ver, né?

Quarties de Enfants Rouges (Olivier Assayas) - ***
Ainda não sei se entendi. Mas é legal.

Place des Fêtes (Oliver Schmitz) - *
Humanista de cu é rola!

Pigalle (Richard LaGravenese) - *
Outro pegadinha do Mallandro, dessa vez piorado.

Quartier de la Madeleine (Vincenzo Natali) - *
Que porra foi essa?! Anjos da noite?

Père-Lachaise (Wes Craven) - ***
Filme bonitinho, podia ter usado melhor o cemitério, mas a mensagem é sempre boa, né?

Faubourg Saint-Denis (Tom Tykwer) - *
Ah cara, sério... um dos criadores do filme-pegadinha... lixo total!!!!!!!!! Mas o ceguinho é gato, recomendo.

Quartier Latin (Gerard Depardieu e Frédéric Auburtin) - *****
A única obra-prima do filme, escrita pela Gena Rowlands e estrelado por ela e pelo Ben Gazarra. Filme lindo, de amor perdido. Mas perdido mesmo?

14th arrondissement (Alexander Payne) - ***
Começa naquele mesmo expediente de Alexander Payne: meio rindo com e da gordinha que vai passar férias em Paris. E é realmente engraçado ouvir o sotaque dela lendo a redação na aula de francês. Fica legal mesmo no final, quando alguma coisa acontece. Alguma coisa que nem eu, nem o Payne e nem a personagem sabemos o que é, mas é uma coisa boa, certamente.

Bom, esse é Paris, eu te amo que, sabe, até consegue uma certa unidade. A idéia de painel realmente se faz valer aqui, eu acho. A sensação é até de que temos o mesmo diretor de fotografia o filme todo, sei lá. O filme é divertido, mesmo quando é ruim.

Sedução da carne - ****
Ah, Visconti, né?

Garotinho bobo - *
Só bobo?

Antonia - ***
Sabe aquele filme cheio de defeitos, mas que são todos perdoados porque ele é cheio da VIDA? Pois então, Antonia é assim. Meus olhos se encheram d'água pelo menos umas duas vezes durante a projeção. E quem diria que Thaíde é bom é ator, hein!

The Host - ****
Um saco de gato de gêneros, com ação, terror, drama e comédia. Mas tudo numa unidade impecável, filmado lindamente, muito bem atuado. Filme de primeira linha, longe de qualquer idéia boba de "trash", por mais que a platéia esperasse por isso. Eu dei uns dois pulos na cadeira. Muito bom!

Um rosto na noite/Noites brancas - *****
:_)

Os deuses malditos - *****
CA-RA-LHO!!!!!! Fiquei passé composé!

Xifópagos e roqueiros - *
Ah gente... sério...

Exiled - *****
Filme enfiado de surpresa e que surpresa!!!!! Mistura linda de Wild Bunch com Balada do pistoleiro, filmando lugares abertos e desertos com uma beleza incrível. Johnnie To fez melhor que Eleição. Caralho... sério... LINDO!!!!!

Red Road - ****
Andre Arnold já me deixou esperando por um bom filme depois de seu curta Wasp e foi o que veio com essa estréia em longa. Talvez desse pra dizer que a mãe daqui é a mesma de Wasp, algum tempo depois. O mesmo universo, mas um tratamento mais sombrio. A personagem principal é incrível e a maneira como Andrea filma as câmeras de vigilância é muito boa. Além da cena de sexo, uma coisa toda louca!

Isabella - *
Furadérrima!

El Topo - ****
Quase que uma preparação pra Montanha sagrada, tem as referências à Bíblia ainda mais escancaradas. Visú foda, mas a projeção em vídeo, a segunda fileira do Unibanco 1 e o horário tardíssimo não ajudaram.

12:08 East of Bucharest - ***
Filme simpático, com alguns momentos muito bons e outro beeeem ruins. A câmera naquele final todo me deixou de saco cheio. Mas o velho Papai Noel é ótimo e os planos finais também.

Dez canoas - ***
Filme bem interessante. Passado em aldeia aborígene na Austrália, falado lá na língua deles e ainda assim incrivelmente fácil de se envolver. A narração em off às vezes é o trunfo (quando é engraçadinha e despojada, mais lembrando um papo de bar do que um conto aborígene) e às vezes é o erro (quando quer dar conta de narrar TUDO, sem deixar muita coisa pra imagem). Ainda bem que esse segundo caso é mais raro no filme.

Os anjos exterminadores - ***
Mistura de sexy time com pornochanchada, tem coisas muito bonitas, em especial a posição do cara frente a tudo. Parecendo passivo de quase todas as situações, ele consegue aquilo que quer, cheio, lotado de perdas no caminho. Mas pô... mulher com mulher é jacaré, né...

Ufa! Escrevi muito, né? Faltam dois dias + repescagem. Hoje vejo Zidane e Fando y Liz e amanhã Destricted e Palácio de verão. Todos com high expectations.


posted by João Cândido at 12:51