Gritos e Sussurros

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wterça-feira, 24 de outubro de 2006


Eu adoro Chico Buarque
mas não sou surdo
Carioca é bem ruim

Eu detesto Caetano Veloso
mas não sou surdo
Cê é bom pra caralho (ou pau duro?)


posted by João Cândido at 00:23


wquarta-feira, 18 de outubro de 2006


Gente! Saia justa! Esqueci um prêmio. Mas já tá ali embaixo. Podem estar conferindo =)


posted by João Cândido at 14:53


wquinta-feira, 12 de outubro de 2006


PREMIAÇÃO FESTIVAL DO RIO
Júri: Eu! =)

Top 10 melhores:
O CÉU DE SUELY, de Karim Aïnouz
O CROCODILO, de Nanni Moretti
DÁLIA NEGRA, de Brian De Palma
EXILED, de Johnnie To
FIND ME GUILTY, de Sidney Lumet
THE HOST, de Bong Joon-ho
IMPALED, de Larry Clark (em Destricted)
JUVENTUDE EM MARCHA, de Pedro Costa
A ÚLTIMA NOITE, de Robert Altman
VOLVER, de Pedro Almodóvar


Melhor filme:

Juventude em marcha, de Pedro Costa

Grande prêmio do júri:

Impaled, de Larry Clark (em Destricted)

Prêmio do júri:

Dália negra, de Brian De Palma; Find Me Guilty, de Sidney Lumet; e A última noite, de Robert Altman

Melhor direção:

Johnnie To por Exiled

Melhor ator:

Ventura por Juventude em marcha

Melhor atriz:

Hermila Guedes por O céu de Suely

Melhor roteiro:

Volver, de Pedro Almodóvar

Prêmio técnico:

A fotografia digital de Juventude em marcha, por Pedro Costa e Leonardo Simões

Diretora estreante:

Andrea Arnold por Red Road

Bottom 10 piores:
UM CERTO OLHAR, de Marc Evans
GAROTINHO BOBO, de Lionel Baier
O GRITO DAS FORMIGAS, de Mohsen Makhmalbaf
INFÂNCIA ROUBADA, de Gavin Hood
MADEINUSA, de Claudia Llosa
PLACE DES FÊTES, de Oliver Schmitz (em Paris, eu te amo)
3 NEEDLES, de Thom Fitzgerald
WE FUCK ALONE, de Gaspar Noé (em Destricted)
THE WIND THAT SHAKES THE BARLEY, de Ken Loach
XIFÓPAGOS E ROQUEIROS, de Keith Fulton e Louis Pepe
(Atentar para o fato de que não estou incluindo filmes abandonados pela metade)


posted by João Cândido at 01:49


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And last but not least...

Madeinusa - *
Vejamos... Crash asiático (O grito das formigas), Crash africano (Tsotsi) e agora... O CRASH LATINO! Aeeeeeeeeee!!!!!!!

Zidane - Um retrato do século XXI - ***
O filme seria ótimo, realmente incrível, se ficasse limitado a sua proposta que, pensei eu, era seguir Zidane durante os 90 minutos de um jogo de futebol. Mas não, tinha que botar aquelas legendas irritantes, tinha que fazer AQUELE INTERVALO. Mas fora isso, o filme me envolveu totalmente. Futebol em scope! Além do que, o sorriso de Zizou nos momentos finais (o primeiro depois de uma hora e meia de cara fechada) é antológico.

Destricted - *** (média artimética)

Filmes em episódio... mais um... E esse aqui é assumidamente um saco de gatos, posto que tem filmes de 2004, 2005 e 2006 e cada um tem seus créditos separados. Então analisemo-lo como tal.

Hoist (Mathew Barney) - ****
A bizarrice mais bizarra e linda que eu já vi. Indescritível! Um cara transando com um trator, porra!!! E dá tesão!

House Call (Richard Prince) - ***
Simples, cool e simpático. O cara filma um filme pornô antigo pela TV com uma trilha boa. E eu precisaria ver de novo, mas acho realmente que ele se centra no prazer da mulher dentro do filme. Legal!

Impaled (Larry Clark) - *****
Obra-prima de Larry Clark. Documentário média-metragem (38min). Clark bota um anúncio procurando jovens rapazes a fim de treparem com uma atriz pornô. O filme tem três atos. O primeiro é a escolha do rapaz. Larry Clark é o Eduardo Coutinho dos jovens. Todos se desmontam em frente a ele. Eu ficaria muito feliz em assistir ao material bruto disso. Clark acaba escolhendo o mais aparentemente frágil dos candidatos. Segundo ato: a escolha da atriz pornô pelo rapaz. Ele conhece umas seis ou sete e escolhe uma, mais velha (40 anos). E pouco antes ele falara sobre a relação com a mãe... FODA. E finalmente terceiro ato: a trepada. Provavelmente a cena mais antológica desse festival. Obra-prima! Viva Larry Clark!

Sync (Marco Brambilla) - **
Não sei bem o que achar. Filme de menos de dois minutos com colagem aceleradíssima de cenas de sexo. Besteira.

Death Valley (Sam Taylor-Wood) - **
Um cara no meio do deserto pára pra bater umazinha. Seria ótimo, não fosse o fato de o cara não ficar duro por um segundo sequer e fingir muito mal fingido uma gozada no final. Esse é o recado de Taylor-Wood? Não gostei.

Balkan Erotic Epic (Marina Abramovic) - *
Ha ha! Como esse gente gorda e feia é engraçada né? Eles sabem o que é sexo? Ha.

We Fuck Alone (Gaspar Noé) - *
Noé se esforçando bizarramente pra conseguir o troféu de pior diretor da História. Jesus me salve! O cara faz de tudo pra provar a tese do título e não consegue. Gaspar, tuas negas podem foder sozinhas, eu não fodo não.

Mas Destricted valeu a pena. E fica o aviso: se você for ver, saia da sala depois dos três primeiros (ok, dos quatro).

Palácio de verão - ***
Filme interessante politicamente, mas fraco em toda a sua criação visual, tudo com uma carinha de telefime. Mas o terço final é bem forte.

Aì acabou o Festival, certo? Errado! Ainda repesquei um pouco. Ó:

A rainha - ***
Boa surpresa essa. Quem diria que Stephen Frears faria esse filme. Sabe aquela coisa que tenta mostrar o lado humano de uma pessoa pública? Pois é, esse filme é bem isso e com MUITO sucesso. Algumas cenas pra guardar, como a rainha esperando ao lado do carro quebrado ou indo visitar o veado morto. Bela surpresa.

Vagas estrelas da Ursa - ****
Incesto está para Visconti assim como emparedar está para Poe. Maneiro! =)

Quando eu era cantor - ***
Cenas antólogicas as de dança nos clubes ao som de Alain Moreau e sua banda. Depardieu está dos deuses! Ele é um pouco como Denzel: quando está on, está ON! Arrisca cair lá pelo meio (e cair feio), mas se recupera e fecha com um belíssimo número.

Estamos bem mesmo sem você - ***
Filme sobre família desfuncional (será mesmo?) vista pelos olhos do filho mais novo. Forte em alguns momentos, fofo e doce em muitos outros. O ator principal é gênio! E kim Ross-Stuart é gato hehe A aparição fantasmagórica da mãe é uma bela duma cena.

Violência e paixão - *****
Lutando lado a lado com O Leopardo e Morte em Veneza pelo título :)

E ainda teve revisão de Juventude em marcha hoje, no Odeon. Filme perfeito! Amanhã tentarei rever O Leopardo e fechar com chave de ouro.


posted by João Cândido at 01:12


wquarta-feira, 4 de outubro de 2006


Mais! Mais! MAIS!

Infância roubada - *
Cada continente tem seu own private Crash!

A última noite - *****
Um cineasta com 81 anos faz um filme sobre a última transmissão de um programa de rádio de mais de 30 anos. A analogia com um "último filme" ou um "filme de morte" seria óbvia. Mas Altman vai além e faz um verdadeiro filme de morte, sem se precisar de analogias óbvias. E a morte não como fim de tudo, mas como instrumento pra se olhar pro passado e pras pessoas que estiveram ao seu lado com carinho. Eu realmente não duvido que esse seja o último filme dele. É incrível! Kevin Kline é um gênio.

Find Me Guilty - *****
E como é bom ver duas obras-primas seguidas, não é? Eu sabia que na segunda semana as coisas iam esquentar. O cara que praticamente criou os filmes de tribunal consegue agora, mil anos e 100 mil filmes de tribunal depois, fazer uma coisa totalmente nova. E puta que me pariu, nunca na minha vida eu imaginaria que Vin Diesel é o ator que é. Interpretação antológica!

Juventude em marcha - *****...*?
Não me pergunte que filme é esse, ainda não sei. Desde o primeiro segundo do primeiro plano até agora, ainda estou de tal maneira enfeitiçado e abobalhado com o que vi que não consigo dizer nada. Quem é Ventura? Não sei, não tenho idéia. Acho que ainda preciso ver mais umas duas ou três vezes pra pelo menos tentar começar a entender alguma coisa. Sei lá... mágico...

El laberinto del fauno - ***
Um filme com coisas muito, muito boas. Toda a estética é interessante, com a violência sempre em primeiro plano. Mas algo no "mundo da fantasia" deixou a desejar... não me encantou como encantou a menina do filme. Mas tenho a sensação de que pode vir a crescer na revisão.

Paria, eu te amo - ***
Sabe de uma coisa? Filme em episódio é tão irregular! :P
E sabe que esse aqui nem tanto? Vou tentar falar um por um, vejamos se a memória vai ajudar:

Montmartre (Bruno Podalydès) - **
Começo fraco. Aquele boa e velha definição de "filme francês"

Quais de Seine (Gurinder Chada) - ***
Filme bonitinho com protagonista ainda mais bonitinho!

Le Marais (Gus Van Sant) - ****
A proposta inicial era um filme de cinco minutos passado em Paris que contasse um encontro amoroso. É exatamente isso o que Van Sant faz do jeito que só ele sabe fazer. A mensagem, clara, é a boa e velha "o amor é a língua universal". E Elias McConnell e Gaspard Ulliel são talvez o casal mais lindo da história do cinema recente.

Tuileries (Ethan e Joel Coen) - ****
Filme hilário com uma das sacadas mais geniais do cinema dos Coen, aquele livro de turismo. Aposto que a idéia do filme nasceu dele, uma coisa do tipo "e se o guia dissesse pra não encarar as pessoas nos olhos?" hehe Muito engraçado, Coen style.

Loin du 16ème (Walter Salles e Daniela Thomas) - ***
Filme bonitinho. Talvez simples demais. Me deixou querendo saber mais sobre e menina.

Porte de Choisy (Christopher Doyle) - ***
Certamente eu não esperava por esse filme. Uma doideirinha simpática que me lembrou muito o universo de Dumplings.

Bastille (Isabel Coixet) - ***
Essa talvez tenha sido a grande surpresa de Paris, je t'aime. Detesto com todas as forças o Minha vida sem mim, primeiro longa da Isabel. Mas esse aqui é bonito. Pra começar, tem Sergio Castelitto, o que, se não ajudou Giani Amelio, ajudou Coixet. Segundo, é uma história linda! Triste pra caralho, mas sem (quase) nada do niilismo de Minha vida sem mim. Belo plano da amante desmaiando no estacionamento.

Place des Victoires (Nobuhiro Suwa) - ****
Filme basicamente mutcho loco! E triste, triste como Um casal perfeito (mesmo diretor! se liga, né?). Assunto completamente diferente, mas tão forte quanto. E Juliette Binoche tá boazona.

Tour Eiffel (Sylvain Chomet) - **
As bicicletas de Belleville já dava margem a coisas como esse filme, mas aqui ele radicalizou. Talvez o meu ódio pessoal (e de muita gente nesse mundo) a mímicos/sombras tenha ajudado a não gostar do filme. O que quase salva é aquele filho, mas no geral o filme é bem fraco.

Parc Monceau (Alfonso Cuarón) - **
Filme-pegadinha do Mallandro. Daqueles que te faz achar que é uma coisa e no final, tchanam, é totalmente outra. Mas Nick Nolte é sempre legal de ver, né?

Quarties de Enfants Rouges (Olivier Assayas) - ***
Ainda não sei se entendi. Mas é legal.

Place des Fêtes (Oliver Schmitz) - *
Humanista de cu é rola!

Pigalle (Richard LaGravenese) - *
Outro pegadinha do Mallandro, dessa vez piorado.

Quartier de la Madeleine (Vincenzo Natali) - *
Que porra foi essa?! Anjos da noite?

Père-Lachaise (Wes Craven) - ***
Filme bonitinho, podia ter usado melhor o cemitério, mas a mensagem é sempre boa, né?

Faubourg Saint-Denis (Tom Tykwer) - *
Ah cara, sério... um dos criadores do filme-pegadinha... lixo total!!!!!!!!! Mas o ceguinho é gato, recomendo.

Quartier Latin (Gerard Depardieu e Frédéric Auburtin) - *****
A única obra-prima do filme, escrita pela Gena Rowlands e estrelado por ela e pelo Ben Gazarra. Filme lindo, de amor perdido. Mas perdido mesmo?

14th arrondissement (Alexander Payne) - ***
Começa naquele mesmo expediente de Alexander Payne: meio rindo com e da gordinha que vai passar férias em Paris. E é realmente engraçado ouvir o sotaque dela lendo a redação na aula de francês. Fica legal mesmo no final, quando alguma coisa acontece. Alguma coisa que nem eu, nem o Payne e nem a personagem sabemos o que é, mas é uma coisa boa, certamente.

Bom, esse é Paris, eu te amo que, sabe, até consegue uma certa unidade. A idéia de painel realmente se faz valer aqui, eu acho. A sensação é até de que temos o mesmo diretor de fotografia o filme todo, sei lá. O filme é divertido, mesmo quando é ruim.

Sedução da carne - ****
Ah, Visconti, né?

Garotinho bobo - *
Só bobo?

Antonia - ***
Sabe aquele filme cheio de defeitos, mas que são todos perdoados porque ele é cheio da VIDA? Pois então, Antonia é assim. Meus olhos se encheram d'água pelo menos umas duas vezes durante a projeção. E quem diria que Thaíde é bom é ator, hein!

The Host - ****
Um saco de gato de gêneros, com ação, terror, drama e comédia. Mas tudo numa unidade impecável, filmado lindamente, muito bem atuado. Filme de primeira linha, longe de qualquer idéia boba de "trash", por mais que a platéia esperasse por isso. Eu dei uns dois pulos na cadeira. Muito bom!

Um rosto na noite/Noites brancas - *****
:_)

Os deuses malditos - *****
CA-RA-LHO!!!!!! Fiquei passé composé!

Xifópagos e roqueiros - *
Ah gente... sério...

Exiled - *****
Filme enfiado de surpresa e que surpresa!!!!! Mistura linda de Wild Bunch com Balada do pistoleiro, filmando lugares abertos e desertos com uma beleza incrível. Johnnie To fez melhor que Eleição. Caralho... sério... LINDO!!!!!

Red Road - ****
Andre Arnold já me deixou esperando por um bom filme depois de seu curta Wasp e foi o que veio com essa estréia em longa. Talvez desse pra dizer que a mãe daqui é a mesma de Wasp, algum tempo depois. O mesmo universo, mas um tratamento mais sombrio. A personagem principal é incrível e a maneira como Andrea filma as câmeras de vigilância é muito boa. Além da cena de sexo, uma coisa toda louca!

Isabella - *
Furadérrima!

El Topo - ****
Quase que uma preparação pra Montanha sagrada, tem as referências à Bíblia ainda mais escancaradas. Visú foda, mas a projeção em vídeo, a segunda fileira do Unibanco 1 e o horário tardíssimo não ajudaram.

12:08 East of Bucharest - ***
Filme simpático, com alguns momentos muito bons e outro beeeem ruins. A câmera naquele final todo me deixou de saco cheio. Mas o velho Papai Noel é ótimo e os planos finais também.

Dez canoas - ***
Filme bem interessante. Passado em aldeia aborígene na Austrália, falado lá na língua deles e ainda assim incrivelmente fácil de se envolver. A narração em off às vezes é o trunfo (quando é engraçadinha e despojada, mais lembrando um papo de bar do que um conto aborígene) e às vezes é o erro (quando quer dar conta de narrar TUDO, sem deixar muita coisa pra imagem). Ainda bem que esse segundo caso é mais raro no filme.

Os anjos exterminadores - ***
Mistura de sexy time com pornochanchada, tem coisas muito bonitas, em especial a posição do cara frente a tudo. Parecendo passivo de quase todas as situações, ele consegue aquilo que quer, cheio, lotado de perdas no caminho. Mas pô... mulher com mulher é jacaré, né...

Ufa! Escrevi muito, né? Faltam dois dias + repescagem. Hoje vejo Zidane e Fando y Liz e amanhã Destricted e Palácio de verão. Todos com high expectations.


posted by João Cândido at 12:51